As transformações na Ordem e nas Relações Internacionais são destacáveis no século XXI. Dentre outras questões, ressaltam-se as mudanças na distribuição de poder entre as Nações, a emergência de novas alianças e a busca por uma geometria variável e o papel central que adquirem as novas tecnologias na vida dos indivíduos, sociedade civil, empresas, Estados e Organizações Internacionais.
Ao passo, há muito se discute uma nova arquitetura internacional, tendo como um de seus epicentros a reforma de uma série de Organizações Internacionais. Recentemente, o documento Our Common Agenda, lançado pelo Secretário Geral da ONU, António Guterrez, sintetiza uma série de demandas e desafios com relação à governança global e à democratização da ONU.
Como sabemos, há muito tempo, os países do Sul Global – e alguns outros países desenvolvidos – se tornaram protagonistas nestes debates e transformações. Com a recente eleição de Luiz Inácio Lula da Silva a presidente do Brasil, estas discussões se aprofundarão, tendo em vista a liderança de Lula no cenário internacional, suas recentes manifestações e a Política Externa ativa e altiva de seus mandatos anteriores.
No marco das mudanças que ocorrem (e que são pretendidas por uma série de países) na Ordem Internacional e na governança das Relações Internacionais, o tema do BRICS, da UNASUL, da CELAC e a Reforma do Conselho de Segurança se destacam. Ainda, a diplomacia presidencial também está se ocupando de questões como a Paz na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Passados 100 dias de governo, este seminário objetiva refletir e discutir sobre as transformações na Ordem Internacional e os desafios da Política Externa Brasileira que ora se exerce e anuncia.